Canela
Não serei eu por agora. Transbordarei e deixar-me-ei levar pela brisa quente da noite.
Vaguearei pelas ruas de Lisboa até te encontrar. Passarei por casais errantes, velhos decrépitos deitados em bancos gastos e mulheres expectantes em becos lascivos. Mas não lhes prestarei atenção.
Quero chegar a ti.
E, após uma longa busca, quando te vislumbrar, deitado por entre a frescura de leves lençóis e de frestas em prováveis janelas, tocar-te-ei.
Aproximarei os meus lábios à tua face e depois a teus lábios e não me sentirei culpado.
Vaguearei pelas ruas de Lisboa até te encontrar. Passarei por casais errantes, velhos decrépitos deitados em bancos gastos e mulheres expectantes em becos lascivos. Mas não lhes prestarei atenção.
Quero chegar a ti.
E, após uma longa busca, quando te vislumbrar, deitado por entre a frescura de leves lençóis e de frestas em prováveis janelas, tocar-te-ei.
Aproximarei os meus lábios à tua face e depois a teus lábios e não me sentirei culpado.
Não serei eu.
Só tenho pena que não tenhas sonhos dourados.