quarta-feira, abril 18, 2007

A Acidez Verde


Abrem-se as portas do teu rico olhar, mas... nada!
Um vazio gélido abraça-me.

Aguardo, temeroso, por algo, mas... nada!

Subitamente, uma aragem cresce
E um negro furacão forma-se perante mim.
Seco de morte, ódio e desdém,
Empurra-me para longe.

Ridicularizo-me estupidamente ao tentar combatê-lo,
mas a derrota assolou todas as tentativas.

Enche-me a volatilidade de um sentimento igual
e a derrota assolou todas as tentativas de combatê-lo.

A amargura da tristeza entranha-se em mim...
Ah!, como seria bom poder entrar por essas portas
E pegar em tudo o que de maravilhoso eu sei aí haver
e remexê-lo a meu bel prazer.
Como tu me fizeste...

Vê bem que não te peço as das mãos,
Mas, se ao menos me abrisses as portas da tua boca
E as de teus ouvidos...